Bursite no Quadril: Tratamento, Sintomas e Diagnóstico

No contexto do quadril, as bursas mais frequentemente afetadas são aquelas que cercam o trocanter maior do fêmur. Nesse caso, utiliza-se o termo "bursite trocantérica" ou "bursite trocanteriana".

Neste artigo, vamos explorar os sintomas, causas e o tratamento necessário em caso de lesões da bursa, incluindo a importância da fisioterapia.


Anatomia do Quadril


Bursas Sinoviais: Pequenas Bolsas de Proteção nas Articulações


Próximas às articulações, sobretudo em áreas ósseas proeminentes, encontram-se as bursas sinoviais, pequenas estruturas de tecido conjuntivo repletas de líquido sinovial. Essas bursas estão estrategicamente posicionadas entre músculos, tendões e ossos, ocupando locais onde ocorre o potencial atrito entre essas estruturas.


A função primordial das bursas sinoviais é a de facilitar o deslizamento suave de uma estrutura sobre a outra. Elas agem como pequenas "almofadas", reduzindo significativamente o atrito durante os movimentos articulares.


No corpo humano, há centenas dessas bursas espalhadas, cada uma cumprindo seu papel protetor em várias articulações. A região do quadril, por exemplo, abriga um número considerável de bursas sinoviais. Dessas, quatro ou mais estão estrategicamente posicionadas ao redor do trocanter maior do fêmur, a parte mais proeminente desse osso, facilmente palpável na lateral do quadril.


O processo inflamatório que ocorre em qualquer uma das bursas sinoviais é conhecido como bursite. O sintoma característico da bursite é a dor localizada na região afetada da bursa. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aliviar o desconforto e melhorar a qualidade de vida do paciente.


Bursite Trocantérica

No contexto do quadril, as bursas mais frequentemente afetadas são aquelas que cercam o trocanter maior do fêmur. Nesse caso, utiliza-se o termo "bursite trocantérica" ou "bursite trocanteriana".


Entretanto, é importante destacar que o comprometimento da bursa geralmente não ocorre de maneira isolada. Com frequência, essa condição está associada a problemas em outras estruturas relacionadas ao trocanter maior, incluindo os tendões dos músculos glúteo médio e glúteo mínimo, bem como o trato iliotibial, um tecido fibroso localizado na região lateral do quadril e coxa.


Essa combinação de problemas é conhecida como "Síndrome da Dor Trocantérica" ou "Síndrome Dolorosa Trocantérica" e é considerada uma das causas mais comuns de dor na região lateral do quadril.


É importante notar que existem outras bursas no quadril que também podem causar dor, como a bursite isquiática e a bursa do músculo iliopsoas. No entanto, essas ocorrências são menos frequentes do que a bursite trocantérica.


Causas da Bursite do Quadril


O estresse na região trocantérica é frequentemente desencadeado pelo aumento da carga nos tendões e bursas devido à sobrecarga durante a atividade física, fricção decorrente de movimentos repetitivos, como os observados em esportes, desequilíbrios musculares ou enfraquecimento dos músculos que se conectam ao trocanter maior, principalmente o glúteo médio e o glúteo mínimo.


É importante ressaltar que, em casos graves de fraqueza muscular, até atividades leves, como uma simples caminhada, podem exercer uma tensão significativa nos músculos do quadril, resultando em sobrecarga nessas estruturas e, consequentemente, provocando lesões e sintomas.


Além disso, a bursite trocantérica pode ser originada por traumas diretos, como quedas sobre a lateral do quadril, bem como por fatores que aplicam uma carga mecânica excessiva nas estruturas do trocanter maior.


Existem também diversos fatores de risco associados a essa condição, como problemas na coluna lombar, entorses de tornozelo, artrose no joelho e quadril, cirurgias anteriores no quadril, entre outros. Isso ocorre porque essas condições podem alterar o padrão de marcha, resultando em uma carga adicional nos tendões e bursas na região lateral do quadril.



Sintomas da Bursite Trocantérica


Os sintomas comuns da bursite trocantérica incluem:


A síndrome dolorosa trocantérica, um tipo de bursite no quadril, exibe sintomas distintivos e progressivos, com a dor na região lateral do quadril sendo o principal indicador. Essa dor intensifica-se após longos períodos em pé, caminhadas extensas, subir e descer escadas, ou ao ficar deitado de lado, prejudicando o sono. Nos estágios iniciais, a dor pode ser espontânea ou ao tocar o trocanter maior, acompanhada por uma sensação de queimação.


Inicialmente, essas queixas não limitam a funcionalidade, mas com a evolução não tratada, a dor no quadril se intensifica e se estende para a lateral da coxa e próxima dos joelhos. A piora noturna interfere no sono, levando a interrupções frequentes. A dor também se torna aguda após curtas caminhadas, às vezes levando a uma diminuição da fase de apoio da marcha para evitar a dor, e ao realizar uma tarefas simples, como agachar-se ou apoiar-se em uma perna.


Em alguns casos, o alongamento da região lateral do quadril gera dor devido ao estiramento dos tendões e compressão das bursas já inflamadas. Sem tratamento adequado, a bursite se torna crônica, aumentando a gravidade das lesões e tornando o tratamento mais longo, dependendo da gravidade dos sintomas.



Diagnóstico e Exames



A síndrome dolorosa trocantérica é uma condição cujo diagnóstico é principalmente clínico, realizado por meio de avaliação física. No entanto, para confirmar a presença de problemas nos tendões (tendinopatias) e bursas, exames de imagem desempenham um papel relevante.


Durante a avaliação clínica, o fisioterapeuta busca identificar a sensibilidade dolorosa na região do trocanter maior, avaliar a capacidade funcional do paciente ao realizar atividades como caminhar, subir e descer escadas, sentar e levantar de uma cadeira, e conduzir testes de força muscular nos músculos envolvidos, incluindo os abdutores e rotadores laterais do quadril.


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Embora radiografias do quadril não sejam altamente precisas para examinar as bursas e tendões, elas podem ser úteis para descartar lesões como fraturas ou calcificações. Em alguns casos, radiografias da pelve e coluna lombar são solicitadas para avaliar possíveis associações com doenças relacionadas à coluna ou articulação sacroilíaca.


Exames como ressonância nuclear magnética (RNM) e ultrassonografia são complementares ao diagnóstico, auxiliando na identificação e exclusão de outras condições, além de orientar o tratamento. É importante observar que, em alguns casos, os exames de RNM podem mostrar sinais de lesões no trocanter maior que não necessariamente se correlacionam com os sintomas da síndrome trocantérica.


Portanto, para evitar interpretações equivocadas, é crucial que esses exames de imagem sejam interpretados em conjunto com o profissional de fisioterapia, que possui o conhecimento necessário para analisar os resultados de forma adequada.



Tratamento da Bursite no Quadril


O tratamento da bursite no quadril visa reduzir a inflamação, aliviar a dor e diminuir a sobrecarga sobre as bursas e tecidos circundantes. Em grande parte dos casos, o tratamento é conservador, com a fisioterapia desempenhando um papel fundamental no manejo dessa condição, proporcionando resultados satisfatórios a curto e longo prazo.


Em certas situações, pode ser necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas a curto prazo. No entanto, é importante destacar que a fisioterapia desempenha um papel indispensável, mesmo quando esses medicamentos são prescritos.


A cirurgia é uma opção rara para o tratamento da bursite no quadril e é considerada somente quando todos os tratamentos conservadores anteriores falharam. Ela envolve a remoção da bursa inflamada, a liberação dos tecidos na região lateral do quadril e, em alguns casos, a reparação de tendões parcialmente rompidos.


Em resumo, o tratamento da bursite no quadril prioriza a abordagem conservadora, com foco na fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios como complemento e a consideração da cirurgia somente como último recurso, em casos excepcionais.



Fisioterapia: e a Recuperação da Bursite


A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento da bursite. Um fisioterapeuta especialista irá desenvolver programas de exercícios específicos para fortalecer os músculos do quadril, melhorar a mobilidade e aliviar a tensão naquela região.


O tratamento da bursite no quadril, realizado por fisioterapeutas, abrange uma série de abordagens e estratégias:


Eletrotermofototerapia: Uso de recursos como o LASER e liberação miofascial, focando em aliviar a dor nas primeiras sessões de fisioterapia.


Fortalecimento Muscular: Desenvolvimento de exercícios direcionados para fortalecer a musculatura do quadril, com foco nos músculos afetados, como o glúteo médio e o glúteo mínimo, bem como outros músculos do membro inferior, incluindo quadríceps, posteriores da coxa e panturrilha.


Progressão Gradual: Aumento gradual da carga e intensidade dos exercícios, visando melhorar a capacidade muscular e restaurar o equilíbrio entre os músculos dos membros inferiores para suportar atividades cotidianas e esportivas sem causar dor.


Controle Motor e Absorção de Cargas: Treinamento específico para restaurar o controle motor e melhorar a capacidade de absorção de cargas pelo quadril, tanto em atividades diárias quanto em esportes recreacionais ou de alto rendimento.


Abordagem de Condições Associadas:


Tratamento de Condições Comórbidas: Quando há condições associadas, como doença lombar ou artrose no joelho, é recomendada uma abordagem terapêutica dessas articulações, com intervenções apropriadas para melhorar a saúde geral do paciente.



Conclusão: A bursite não pode ser subestimada, pois pode limitar a capacidade de realizar atividades diárias. Consultar um fisioterapeuta especialista e qualificado para seguir um plano de tratamento personalizado é uma abordagem eficaz para aliviar a dor e recuperar a funcionalidade dos quadris. Com a orientação adequada e a dedicação ao tratamento, é possível voltar a desfrutar de uma vida ativa e livre de dor.




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