Fratura de Planalto Tibial

A fratura de planalto tibial é uma das lesões ortopédicas mais graves que acomete o joelho, podendo impactar a articulação e o alinhamento do membro inferior. Neste artigo, abordaremos cada aspecto dessa fratura, explicando os sintomas, causas, diagnóstico, tratamento fisioterapêutico, e os métodos conservadores e cirúrgicos de tratamento.

O que é a Fratura de Planalto Tibial?

O planalto tibial é a superfície superior da tíbia, que se articula com o fêmur, formando a articulação do joelho. A fratura de planalto tibial ocorre quando essa região é danificada devido a um impacto, comumente causado por traumas diretos, como quedas de grandes alturas, acidentes de carro ou práticas esportivas de alto impacto. Esse tipo de fratura é sério, pois pode afetar a estabilidade do joelho e comprometer as funções de sustentação e locomoção.

Sintomas da Fratura de Planalto TibialOs sintomas de uma fratura de planalto tibial são intensos e, geralmente, incapacitantes. Entre os sinais mais comuns estão:

1. Dor aguda e severa no joelho, que aumenta com a movimentação.
2. Inchaço significativo na área do joelho e da perna.
3. Deformidade visível, dependendo do tipo e gravidade da fratura.
4. Hematomas e coloração arroxeada na região lesionada.
5. Dificuldade para apoiar o peso sobre a perna afetada.
6. Redução da amplitude de movimento do joelho, em decorrência do inchaço e da dor.

Esses sintomas indicam a necessidade de avaliação médica imediata para confirmação da fratura e definição do tratamento adequado.Causas da Fratura de Planalto TibialAs causas mais comuns de fratura de planalto tibial incluem:

• Traumas de alta energia: como acidentes automobilísticos e quedas de alturas elevadas, que exercem uma carga forte e direta sobre o joelho.
• Esportes de contato: esportes como futebol, basquete e esportes de inverno, que envolvem mudanças bruscas de direção e aumentam o risco de lesões articulares.
• Osteoporose: a redução da densidade óssea torna os ossos mais suscetíveis a fraturas, incluindo o planalto tibial, mesmo em traumas de baixa intensidade.

Diagnóstico da Fratura de Planalto TibialO diagnóstico da fratura de planalto tibial é realizado por meio de exames de imagem que avaliam a extensão e o tipo de fratura. A combinação de exames é essencial para uma análise completa:

1. Radiografia: Primeira abordagem que permite identificar o tipo de fratura e a presença de deslocamento ósseo.
2. Tomografia Computadorizada (TC): Oferece uma visão tridimensional mais detalhada da fratura, especialmente útil para casos complexos.
3. Ressonância Magnética (RM): Identifica lesões de tecidos moles, como ligamentos e meniscos, que frequentemente acompanham fraturas de planalto tibial.

Esses exames são fundamentais para o planejamento do tratamento, considerando se será conservador ou cirúrgico.Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia desempenha um papel crucial tanto no tratamento conservador quanto no pós-operatório de fraturas de planalto tibial. O foco da fisioterapia é restaurar a função do joelho, fortalecer os músculos e prevenir complicações, como a rigidez articular. Algumas abordagens fisioterapêuticas incluem:

• Mobilização precoce: Quando indicado, movimentos passivos podem ser iniciados para restaurar a mobilidade articular.

• Fortalecimento muscular: Exercícios para fortalecer quadríceps, isquiotibiais e glúteos são fundamentais para recuperar a estabilidade.

• Exercícios de propriocepção: Importantes para reeducar o equilíbrio e a coordenação, essenciais na fase inicial e de retorno ao esporte.

• Terapias manuais: Mobilizações e mobilidade para manter a flexibilidade.

A recuperação da fratura de planalto tibial varia conforme a gravidade e o tipo de lesão, podendo levar meses de fisioterapia até a recuperação completa.

Tratamento Conservador

O tratamento conservador é indicado para fraturas sem deslocamento ou com fragmentos minimamente desviados. Esse tipo de tratamento pode incluir:

1. Imobilização: Uso de imobilizadores para restringir movimentos do joelho.

2. Uso de muletas: Para evitar o apoio total sobre o membro lesado, reduzindo o risco de pressão sobre a área afetada.

3. Monitoramento com imagem: Exames periódicos para avaliar a cicatrização óssea.

Esse método exige uma fase prolongada de fisioterapia para recuperar a força e a funcionalidade da articulação.

Tratamento Cirúrgico

Em fraturas mais complexas, com desalinhamento ou lesão de tecidos moles associados, o tratamento cirúrgico é recomendado. Os tipos de intervenções incluem:

• Fixação Interna com Placas e Parafusos: Técnica usada para estabilizar os fragmentos e garantir o alinhamento correto.

• Enxerto ósseo: Para casos em que há perda significativa de massa óssea, preenchendo o espaço com enxerto para promover a consolidação.

• Artroscopia: Procedimento minimamente invasivo que permite o reparo de lesões ligamentares ou meniscais associadas.

Após a cirurgia, a reabilitação fisioterapêutica se torna essencial para evitar atrofias e recuperar o movimento completo. Estudos apontam que a mobilização precoce e o fortalecimento gradual são essenciais para o sucesso da recuperação e para minimizar riscos de osteoartrite pós-traumática.

A fratura de planalto tibial exige uma abordagem multidisciplinar e personalizada para uma recuperação eficaz e duradoura. Desde o diagnóstico detalhado até o tratamento e reabilitação fisioterapêutica, cada etapa é crucial para o restabelecimento funcional do paciente. Em casos de lesões como essa, a orientação de especialistas é indispensável, e a fisioterapia é um componente essencial para a reabilitação. Em nossa clínica SoMoS, oferecemos tratamentos personalizados para lesões complexas de membros inferiores, visando uma recuperação segura e completa para nossos pacientes.

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