Fraturas por Estresse: Como Identificar e Tratar com Fisioterapia

As fraturas por estresse são comuns em atletas e pessoas que realizam atividades físicas intensas, especialmente em casos de sobrecarga. Entender os sinais e o tratamento adequado pode evitar que a condição evolua para algo mais grave. Vamos explorar o que são fraturas por estresse, os principais sinais de alerta, causas, como elas afetam as mulheres, o tratamento fisioterapêutico e a importância da prevenção.

O que é uma fratura por estresse?

Fraturas por estresse são pequenas fissuras nos ossos causadas pela repetição de carga excessiva, especialmente em ossos das pernas (tíbia) e pés. Elas ocorrem quando o osso não consegue se adaptar rapidamente ao aumento de carga ou impacto, levando à sua fratura gradual.

Atletas, como corredores e jogadores de futebol, são mais suscetíveis, mas qualquer pessoa que tenha aumento de carga de alto impacto sem o devido tempo de recuperação pode desenvolver essa lesão. Diferente de fraturas agudas, que ocorrem por trauma direto, as fraturas por estresse resultam de uma sobrecarga progressiva no tecido ósseo.


Red Flags: Sinais de alertaIdentificar precocemente os sinais de uma fratura por estresse é crucial para evitar que ela se agrave. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Dor localizada que piora com a atividade física e melhora com o repouso.
  • Inchaço leve na área afetada.
  • Sensibilidade ao toque no osso comprometido.
  • Dor persistente que não desaparece com o descanso prolongado.

Caso o paciente apresente algum desses sinais, é importante buscar uma avaliação médica ou fisioterapêutica imediata.Principais causasAs fraturas por estresse podem ser causadas por diversos fatores, incluindo:

  • Sobrecarga repetitiva: Atividades que envolvem impacto contínuo, como corrida e saltos.
  • Aumento súbito na intensidade do treino: Evoluir muito rapidamente o volume de treino pode sobrecarregar o osso.
  • Calçados inadequados: Falta de suporte apropriado ao pé pode aumentar a pressão sobre os ossos.
  • Deficiências nutricionais: Baixos níveis de cálcio e vitamina D podem enfraquecer os ossos.

Acometem mais as mulheres? 

Sim, as fraturas por estresse acometem mais as mulheres, principalmente devido a fatores como:


A Tríade da Mulher Atleta é uma síndrome inter-relacionada que afeta atletas do sexo feminino, caracterizada por três componentes principais: disponibilidade energética reduzida (com ou sem distúrbios alimentares), disfunção menstrual e baixa densidade mineral óssea (BMD). Essa condição é observada principalmente em atletas que participam de esportes que exigem controle rigoroso de peso ou que têm uma alta demanda metabólica, como corrida, ginástica e dança.1. Disponibilidade Energética ReduzidaA disponibilidade energética é definida como a diferença entre a ingestão de energia alimentar e o gasto energético com exercício, corrigida pelo tamanho corporal. Na tríade, a EA está comprometida quando o consumo de calorias é insuficiente para suprir tanto as demandas energéticas basais do organismo quanto às necessidades adicionais decorrentes da atividade física. Essa restrição energética pode ser intencional (como ocorre em transtornos alimentares como anorexia ou bulimia) ou não intencional, quando a atleta não ingere calorias suficientes para compensar o alto gasto energético do treinamento.A baixa disponibilidade energética tem impactos metabólicos significativos, incluindo a função reprodutiva.2. Disfunção MenstrualA disfunção menstrual é um dos principais sinais clínicos da tríade e pode se manifestar como amenorreia (ausência de menstruação por três ou mais ciclos consecutivos) ou oligomenorréia (ciclos menstruais irregulares com intervalos superiores a 35 dias). A causa primária dessa disfunção é a insuficiência energética, que reduz a produção de hormônios reprodutivos, especialmente o estradiol (uma forma de estrogênio), levando à supressão do ciclo menstrual.Essa diminuição dos níveis de estradiol tem consequências diretas sobre a saúde óssea, pois o estrogênio desempenha um papel crucial no metabolismo ósseo, promovendo a manutenção da densidade mineral óssea.3. Baixa Densidade Mineral Óssea (BMD)A baixa densidade mineral óssea é o terceiro componente da tríade e está diretamente relacionada à deficiência estrogênica resultante da disfunção menstrual. A deficiência de estrogênio compromete a formação óssea e aumenta o risco de osteopenia e osteoporose em atletas jovens, tornando-as mais suscetíveis a fraturas por estresse e lesões ósseas graves.Estudos mostram que atletas com disfunção menstrual têm uma densidade óssea significativamente menor quando comparadas a atletas com ciclos menstruais normais, sendo esse efeito mais pronunciado em áreas como a coluna lombar e o fêmur. A deficiência crônica de estrogênio pode levar à perda irreversível de massa óssea, aumentando o risco de fraturas precoces, mesmo em mulheres jovens.A fisioterapia desempenha um papel crucial tanto no tratamento quanto na prevenção de fraturas por estresse, especialmente em atletas e indivíduos fisicamente ativos. A abordagem fisioterapêutica visa acelerar a recuperação, promover a adaptação biomecânica e prevenir a recorrência dessas lesões. Vamos explorar como a fisioterapia é aplicada no manejo de fraturas por estresse com base em evidências científicas.
Tratamento Fisioterapêutico de Fraturas por EstresseO tratamento de fraturas por estresse geralmente envolve a combinação de repouso relativo  e intervenções fisioterapêuticas voltadas para a recuperação óssea e o reequilíbrio biomecânico. De acordo com estudos recentes, a abordagem fisioterapêutica pode ser dividida em três fases principais:1. Fase de Proteção e Descanso RelativoNo início do tratamento, o foco está em minimizar a carga sobre o osso lesionado para permitir a cicatrização. Durante esse período, o controle de carga é fundamental, e a fisioterapia ajuda a manter a condição física por meio de atividades que não sobrecarreguem a área afetada, como:

  • Fortalecimento muscular: Manter a força muscular e evitar sobrecargas mecânicas sobre o osso lesionado .

2. Fase de Reabilitação FuncionalApós a fase inicial de proteção, a reabilitação se concentra em restaurar a força muscular, flexibilidade e o controle neuromuscular. Essa fase é fundamental para corrigir possíveis fatores biomecânicos que contribuíram para o desenvolvimento da fratura por estresse. Intervenções fisioterapêuticas baseadas em evidências incluem:

  • Treinamento de fortalecimento muscular: O fortalecimento dos músculos ao redor da área afetada, especialmente os músculos do quadríceps, glúteos e panturrilha, é crucial para ganho de força nos membros inferiores e melhorar a condição óssea .
  • Exercícios de propriocepção: Melhora o controle motor e a estabilidade, auxiliando na prevenção de novas lesões .
  •  Biomecânica: Avaliar e melhorar a mecânica de movimentos específicos, como corrida e salto, para corrigir desequilíbrios musculares e melhorar a estabilidade.

3. Fase de Retorno Gradual às AtividadesO retorno às atividades esportivas deve ser progressivo, sob orientação do fisioterapeuta. Estudos indicam que um retorno precoce ou inadequado às atividades de impacto pode resultar em recorrência das fraturas por estresse . A fisioterapia nessa fase envolve:

  • Protocolo de retorno gradual ao esporte: Estabelecer uma progressão segura para o aumento da carga de treino, monitorando a dor.
  • Introdução a especificidade: Introduzir progressivamente atividades de impacto, como corrida, apenas quando o osso tiver atingido um estágio avançado de cicatrização.

Prevenção de Fraturas por Estresse: O Papel da FisioterapiaA prevenção é um aspecto essencial da fisioterapia em indivíduos propensos a fraturas por estresse, especialmente atletas. Intervenções baseadas em pesquisas têm demonstrado que a fisioterapia preventiva pode reduzir significativamente o risco dessas lesões.1. Fatores BiomecânicosUma das principais causas de fraturas por estresse é o desalinhamento biomecânico, como a pisada incorreta ou o posicionamento inadequado durante a corrida. Estudos apontam que a análise da marcha e da pisada pode identificar alterações biomecânicas que aumentam o risco de fraturas . A fisioterapia atua na correção dessas falhas por meio de:

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  • Órteses personalizadas: Palmilhas e suportes podem ser indicados para corrigir a pisada e redistribuir o impacto.
  • Melhora do padrão de movimento: Ajustes no movimento durante atividades de impacto ajudam a minimizar a carga sobre áreas vulneráveis do esqueleto.

2. Treinamento de Força e EstabilidadeO fortalecimento dos músculos ao redor das áreas de maior risco de fraturas, como quadris, joelhos e tornozelos, reduz significativamente a pressão sobre os ossos. Programas de exercícios que combinam treinamento de força, flexibilidade e propriocepção são eficazes para prevenir lesões por estresse .3. Educação e Planejamento de Carga de TreinoA modificação do treinamento e o planejamento adequado da carga de trabalho são essenciais para prevenir o aparecimento de fraturas por estresse. A fisioterapia pode ajudar a planejar o treinamento progressivo, incorporando períodos de descanso e recuperação adequados, conforme apontado em revisões científicas .4. Avaliação Nutricional e Saúde ÓsseaAlém dos aspectos mecânicos e musculares, a fisioterapia em conjunto com uma equipe multidisciplinar avalia aspectos nutricionais. A deficiência de nutrientes como cálcio e vitamina D pode aumentar o risco de fraturas por estresse, especialmente em mulheres atletas. Portanto, a inclusão de orientação nutricional é fundamental para manter a saúde óssea adequada .A integração da fisioterapia com a equipe médica e nutricionista é essencial para prevenir e tratar fraturas por estresse, especialmente em mulheres atletas. O acompanhamento médico permite o diagnóstico de condições como osteopenia, enquanto o nutricionista garante uma dieta adequada para fortalecer os ossos. Essa abordagem multidisciplinar promove uma reabilitação eficaz e previne recorrências.
O tratamento e a prevenção de fraturas por estresse exigem uma abordagem fisioterapêutica integral, que combina descanso, reabilitação funcional e educação preventiva. Estudos demonstram que, com a intervenção fisioterapêutica adequada, é possível não apenas acelerar o processo de recuperação, mas também reduzir significativamente o risco de recorrência, melhorando a performance esportiva e a qualidade de vida dos pacientes .



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