Pubalgia: Como a Fisioterapia Ajuda na Recuperação e Prevenção

A pubalgia, também conhecida como síndrome do púbis, é uma condição que afeta atletas, particularmente aqueles envolvidos em esportes de alto impacto que exigem movimentos  intensos, como o futebol, o rugby e a corrida. A dor e a inflamação causadas por essa condição podem prejudicar significativamente o desempenho esportivo e até mesmo limitar atividades diárias comuns. Vamos entender em detalhes o que é pubalgia, suas causas, sintomas e como a fisioterapia pode ajudar não apenas na recuperação, mas também na prevenção dessa lesão.

O que é a Pubalgia?

A pubalgia, também conhecida como síndrome dolorosa da região púbica, refere-se a lesões nos tecidos moles que circundam a sínfise púbica, articulação cartilaginosa que une os dois ramos púbicos da pelve. Envolve uma sobrecarga mecânica crônica, comumente afetando atletas, especialmente em esportes que exigem movimentos repetitivos e explosivos, como o futebol. 

Em termos científicos, a pubalgia pode ser caracterizada como uma entesopatia, que envolve inflamação na inserção dos tendões ao osso, ou uma tendinopatia crônica dos músculos adutores e retos abdominais. Estudos recentes sugerem que a inflamação persistente nessas áreas pode evoluir para a degeneração dos tendões e microlesões nas fibras tendíneas, resultando em dor, perda de força e comprometimento funcional.

Causas da PubalgiaExistem diversas razões pelas quais um atleta pode desenvolver pubalgia. As causas podem estar relacionadas a fatores intrínsecos, como problemas anatômicos, ou a fatores extrínsecos, como a intensidade e o tipo de atividade física praticada. Entre as principais causas, podemos citar:

  • Sobrecarga muscular: Esportes que exigem movimentos bruscos e contínuos de rotação e flexão do quadril, como chutar uma bola ou realizar sprints, geram uma grande tensão nos músculos adutores e abdominais. Essa sobrecarga contínua leva ao estresse dos tendões e à eventual inflamação.
  • Fatores multifatoriais: A pubalgia é resultado da interação entre fatores biomecânicos, funcionais e esportivos, não apenas de um desequilíbrio muscular simples.
  • Fatores anatômicos: Alguns indivíduos têm predisposições anatômicas que os tornam mais suscetíveis à pubalgia. Exemplos incluem disfunções no quadril, como a displasia ou impactos femoroacetabulares, sobrecarregando os músculos e tendões ao redor do púbis.

SintomasA pubalgia se manifesta de maneira multifatorial, dependendo da gravidade e do estágio da lesão. Os sintomas podem ser leves no início, mas tendem a piorar progressivamente, especialmente se a atividade física que desencadeia o problema não for controlada. Os principais sinais incluem:

  • Dor localizada no púbis e na virilha: Esse é o sintoma mais comum e pode irradiar para a parte inferior do abdômen e a face interna das coxas. Inicialmente, a dor pode surgir apenas durante a prática esportiva, mas em casos mais avançados, ela pode persistir em repouso.
  • Sensação de rigidez muscular: Muitos pacientes relatam rigidez na região da virilha e do púbis, especialmente ao acordar ou após longos períodos de inatividade. Isso ocorre devido à inflamação dos tecidos ao redor da sínfise púbica.
  • Dor ao realizar certos movimentos: Atividades como correr, chutar, pular ou mudar de direção rapidamente tendem a exacerbar a dor. Em casos mais graves, até mesmo atividades simples, como caminhar ou levantar-se, podem ser dolorosas.
  • Perda de força muscular: O desequilíbrio muscular causado pela pubalgia pode levar a uma redução na força dos adutores e abdominais, o que compromete ainda mais o desempenho esportivo e a estabilidade da pelve.


DiagnósticoO diagnóstico da pubalgia geralmente é feito por meio de uma combinação de exame clínico e exames de imagem. O fisioterapeuta especialista irá avaliar o histórico do paciente e realizar testes específicos, como o teste de compressão dos adutores, onde o paciente sente dor ao tentar juntar as pernas contra uma resistência.Exames de imagem como a ressonância magnética (RM) e a ultrassonografia são essenciais para confirmar o diagnóstico e excluir outras condições, como hérnias inguinais ou lesões no quadril. A RM, em particular, pode mostrar sinais de inflamação nos tendões ou na sínfise púbica, além de identificar lesões associadas.Como a Fisioterapia Ajuda na Recuperação

A fisioterapia é fundamental tanto para o tratamento da pubalgia quanto para evitar sua recorrência. O tratamento envolve diferentes abordagens, que visam aliviar a dor, promover a recuperação dos tecidos lesionados e restaurar o equilíbrio muscular.

  1. Controle da Dor: Nas fases iniciais da lesão, o objetivo principal é reduzir a dor. O uso de gelo (crioterapia) é indicado para aliviar a dor, enquanto a eletroterapia, com o uso de TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea)  podendo reduzir o desconforto, o exercício isométrico nessa fase auxilia na redução da dor e no recrutamento do músculo afetado.

  2. Fortalecimento Muscular: O fortalecimento gradual dos músculos abdominais, adutores e estabilizadores do quadril é uma das etapas mais importantes do tratamento. Os exercícios isométricos e progressivos são recomendados para restaurar a força e o equilíbrio muscular, reduzindo o risco de recorrência da pubalgia.

  3. Estabilidade e Controle Motor: Os exercícios de controle motor e coordenação muscular são trabalhados na fisioterapia, para melhorar o padrão de movimento dos membros inferiores.

  4. Terapia Manual: Técnicas de liberação miofascial e mobilização articular são usadas para reduzir a rigidez e melhorar a mobilidade da pelve. A terapia manual ajuda a restaurar a função normal dos músculos e articulações, promovendo uma recuperação mais rápida e eficaz.

Prevenção da Pubalgia

A prevenção da pubalgia envolve uma abordagem multifatorial, que inclui o fortalecimento muscular, a correção de desequilíbrios e a prática de hábitos saudáveis. Aqui estão algumas das principais estratégias:

  • Fortalecimento muscular contínuo: É essencial manter um equilíbrio entre os músculos abdominais e os adutores para evitar sobrecarga na região púbica. Exercícios de estabilização e fortalecimento dos membros inferiores são fundamentais.

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  • Mobilidade Articular: Mobilidades específicas para a região pélvica devem ser feitas antes da atividade física, para manter a flexibilidade e reduzir o risco de lesão.

  • Treinamento adequado: Respeitar os limites do corpo e seguir um programa de treinamento bem estruturado é fundamental para evitar a sobrecarga muscular. Treinamentos intensos devem ser alternados com períodos de descanso e recuperação.


A pubalgia é uma lesão comum entre atletas, especialmente aqueles que praticam esportes de alta intensidade e movimentos repetitivos. A fisioterapia tem um papel essencial tanto na recuperação quanto na prevenção da pubalgia, abordando desde o alívio da dor e o fortalecimento muscular e até o retorno ao esporte. Ao seguir um plano de tratamento adequado e investir na prevenção, é possível retornar às atividades esportivas de maneira segura e eficaz.


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